segunda-feira, 29 de março de 2010

Terceira idade dos cães

 Nossa população canina envelheceu. Até a década de 80 a média de vida da população canina era de aproximadamente 7 a 9 anos de idade. Na década de 90 passou de 9 a 12 anos. Nesta década, nos deparamos com animais na faixa de 16 a 18 anos. Os elementos responsáveis por essa longevidade são: boa alimentação, mais conforto e carinho, prevenção das principais doenças infecto contagiosas, melhora do atendimento médico veterinário.


Tendo a medicina veterinária evoluído muito nas últimas três décadas, novos serviços de alta tecnologia estão sendo colocados à disposição dos nossos melhores amigos. Exames laboratoriais de alta complexidade, ultrassonografias de alta resolução em três dimensões, ecodoppler cardíaco na avaliação das doenças do coração, acupuntura, fisioterapia, limpeza dentária por ultra-som, tomografia computadorizada e RX digital são hoje serviços ao alcance de praticamente toda a população canina e felina. Juntamente com os serviços veterinários, cresceu também a utilização dos serviços de higiene e tosa pelos animais, contribuindo assim para uma observação permanente por parte dos profissionais da área, que acabam dando o feedback aos proprietários da necessidade de se levar o animal ao veterinário. Complementando essa gama de serviços, os profissionais também se especializaram. Hoje é uma realidade encontrarmos nas clínicas, colegas que só atuam como dermatologistas, ortopedistas, cirurgiões, endocrinologistas, nefrologistas, anestesistas, e por aí vai.

Quanto mais evoluir a medicina veterinária, mais especialidades surgirão, não se esquecendo de que, independentemente da especialidade, guardadas as devidas proporções, todo veterinário especialista continuará sendo um clínico geral. Sua experiência como generalista é que vai determinar sua atuação dentro da especialidade escolhida.

O envelhecimento dos cães caminhou lado a lado ao da população. É comum assistirmos idosos caminhando com seus cãezinhos pelas calçadas das grandes cidades. Quais os problemas enfrentados pelos animais na terceira idade? Que patologias aparecem com mais frequência nessa fase da vida? Nossa experiência aponta para as artroses nas articulações, principalmente as do quadril, afetando os dois sexos, embora haja um discreto predomínio nas fêmeas, provavelmente devido aos hormônios. Também são comuns os problemas de coluna, espondilites anquilosantes, degeneração do disco intervertebral. Hérnias de disco são as mais incapacitantes, principalmente as crônicas. Nas fêmeas, os tumores mamários seguidos de inflamações do útero estão em primeiro lugar entre as patologias na terceira idade, mormente se não forem castradas. Aconselhamos a castração a partir dos seis meses em qualquer raça nos casos em que os proprietários não forem adeptos da reprodução.

Os problemas visuais também estão bastantes presentes, principalmente nas raças pequenas; os poodles são os mais acometidos, seguidos dos yorks e teckel. Catarata, ceratoconjuntivite seca de caráter auto-imune, glaucoma, são as patologias mais comuns. Não se esquecer de que uma boa limpeza dos olhos com a retirada do excesso de pelos em volta, contribui para uma boa visão. Os problemas hormonais podem estar presentes na terceira idade, principalmente o hipotireoidismo. As alergias, atopias, dermatoses senis também podem ocorrer. Cuidados com os dentes não podem ser negligenciados; pelo menos a cada seis meses todo animal deve ser levado ao veterinário para avaliação dos dentes. A odontolitíase (tártaro) é a mais freqüente, seguida da periodontite e retração gengival. Vários fatores são importantes para a vida saudável dos animais: uma boa alimentação, idas ao veterinário regularmente, evitar o sedentarismo, exercícios pela manhã e à tarde, preferencialmente caminhadas.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Transexuais conquistam seus direitos

Em cerimônia no Ministério da Saúde, o ministro Temporão, autorizou a realização de cirurgia de mudança de sexo nos transexuais que desejam ser somente mulher. Aos poucos, o governo Lula vem implementando diversas políticas públicas em favor das minorias discriminadas em nosso país. Estudantes pobres, índios, negros, deficientes de toda a natureza, mulheres maltratadas pelos maridos, estupradas, grávidas de fetos anencefálicos com direito a abortar, quilombolas conquistando suas terras e raízes culturais, homossexuais, transexuais, portadores de doenças atípicas, enfim, todas as minorias que nunca encontraram amparo do estado para suas necessidades e angústias. Democracia só é democracia, quando a sociedade em todos os seus matizes aceita as diferenças e oferece oportunidades a todos em igualdade de condições.

A sociedade só é madura quando sua autoridade máxima – o presidente da república - assume uma postura de respeito que cada segmento social merece, independente das suas diferenças e opções, sejam religiosas, culturais ou sexuais.

Um exemplo marcante e histórico dessa atitude por parte do nosso presidente foi no dia 5 de junho de 2008 quando ele compareceu à cerimônia da conferência do GLBTS (gays, lésbicas, bissexuais, transexuais e simpatizantes) ocorrida em Brasília em que o principal foco da discussão foi a homofobia, sendo o presidente homenageado e presenteado com um boné com o símbolo Do grupo arco íris.

Tudo isso é ótimo, encantador, mas tem uma questão que não podemos esquecer, a do planejamento familiar. Sabe-se muito bem, que o governo Lula, contrariando as recomendações da igreja determinou através do Ministério da Saúde a distribuição de pílulas anticoncepcionais do dia seguinte e preservativos nos postos de saúde. Isto é uma política de planejamento familiar de relevante alcance social, mas há um fato que não devemos nos esquecer: muitas mulheres que já possuem dois ou três filhos desejam ardentemente ligar as trompas como forma de evitar filhos, e não encontram por parte do SUS o amparo necessário para a realização da cirurgia. Sabe-se também que essas mulheres se valem das eleições para atingir tal intento junto a médicos clientelistas e inescrupulosos, que fazem esse trabalho eleitoreiro para angariar votos contrariando a lei eleitoral.

── O Brasil é mesmo um país engraçado, o governo agora autoriza fazer cirurgia para transformar homem em mulher pelo SUS, e nós mulheres que já temos uma pregada de filhos, não conseguimos ligar nossas trompas pelo SUS, por mais que imploremos, temos que apelar para os candidatos que só fazem isso em troca de votos. - expressão proferida por uma mulher indignada dentro de um ônibus lotado de passageiros.

Precisamos repensar também políticas públicas para nossas mulheres, desde a morosidade no atendimento dos exames preventivos de câncer de colo de útero, até a impossibilidade de o SUS autorizar a realização da cirurgia de ligadura de trompas nos hospitais públicos e conveniados.

Dia internacional da mulher

Em 1857, precisamente no dia 8 de março, as trabalhadoras das fabricas de tecidos na cidade de Nova York, E.U.A fizeram uma greve geral reivindicando aumento de salário e melhores condições de trabalho. Houve excesso por parte das trabalhadoras, e uma reação violenta por parte dos patrões com o apoio da polícia. As fabricas foram fechadas e incendiadas com muitas mulheres dentro. Neste embate, 129 trabalhadora, morreram. Este fato levou a ONU a instituir o 8 de março como o dia internacional da mulher. Toda mulher têm direito a maternidade, ao trabalho em condições de igualdade com os homens, a livre escolha de seus parceiros, a dispor de seu corpo de acordo com sua consciência, a votar e ser votada, e não ter mutilada seu corpo, diz a resolução. Ainda hoje, a ONU, desempenha um trabalho formidável junto à algumas tribos Africanas, que mutila suas mulheres, amputando o clitóris das meninas como se fosse um ritual primitivo sob a alegação descabida do biombo da sua cultura, mas, que é inadmissível aos olhos do mundo civilizado do século 21. No Brasil, há muito o que se fazer. Sociedade machista, nossas mulheres, ingressam no mercado de trabalho, mas continuam a dar conta da casa, dos filhos, do marido, ou seja, possui dupla jornada de trabalho. Há muita gravidez na adolescência, por falta de uma política de planejamento familiar, muito estupro, não solucionado pelos órgãos de polícia do poder público. Muito espancamento pelos maridos que não chegam as autoridades policiais. Enfim, há muito o que fazer. Mas é preciso uma tomada de consciência da própria mulher. Suas organizações, e representações, precisam estar atenta, e o mês de março é um mês de reflexões, debates e fórum de discussões, dos problemas das mulheres. Não fosse as mulheres conter o ímpeto agressivos dos homens, a terceira guerra mundial já teria sido detonada e a civilização desaparecido da face do planeta. Salve todas as mulheres que lutam pela liberdade e condições de igualdade neste mundo, que a despeito de qualquer preconceito, ainda é um mundo dominado por homens. Oxalá um dia seremos governados só por mulheres